Filho de miliciano, apontado como sucessor de Zinho, morre após ser baleado no Rio de Janeiro, elevando para 25 o número de crianças atingidas por tiros na região.

Na madrugada deste sábado (30), uma tragédia abalou a cidade do Rio de Janeiro. O filho do miliciano Antônio Carlos dos Santos Pinto, 44, conhecido como Pit e apontado como braço direito e sucessor do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, faleceu depois de ter sido baleado na cabeça na última sexta-feira (29). O menino, de apenas 9 anos, estava internado em estado gravíssimo após o ataque que também vitimou seu pai.

A criança recebeu os primeiros socorros na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da região e foi transferida para o Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul, onde infelizmente veio a óbito. Com a morte do filho de Pit, o número de crianças baleadas na Região Metropolitana do Rio neste ano subiu para 25, com 10 vítimas fatais e 15 feridas, de acordo com o Instituto Fogo Cruzado.

O ataque, que vitimou o filho de Pit e o próprio Pit, ocorreu na comunidade Três Pontes, em Paciência, zona oeste da cidade. Além deles, um homem identificado como Leonel Patrício de Moura foi morto a poucos metros do local onde Pit foi encontrado, com as mãos amarradas em outro veículo. Segundo informações preliminares, Leonel seria uma possível vítima do sequestro e tortura por criminosos que buscavam obter informações sobre a localização do miliciano.

Pit, que já havia sido preso em 2019 por envolvimento com milícia privada e porte de arma, era apontado como um dos responsáveis pelas finanças do grupo de Zinho, que se entregou à Polícia Federal no último dia 24 de dezembro e está preso desde então.

A Delegacia de Homicídios da Capital está encarregada de investigar o caso, que levou à morte de uma criança e de outros envolvidos, em mais um capítulo trágico da violência que assola o Rio de Janeiro. A reportagem ainda não conseguiu localizar os advogados de Pit para comentar sobre o ocorrido. A morte do filho do miliciano levanta questões sobre a segurança das crianças nas comunidades e sobre a persistência da violência armada na cidade. As autoridades e a população aguardam por respostas e medidas que possam coibir episódios como esse no futuro.

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