Após a descoberta, a Procuradoria solicitou o bloqueio dos bens e, felizmente, o pedido foi atendido ainda em 2019. Agora, foi autorizado o confisco desses bens, determinação que coincide com a busca por ressarcimento dos cofres públicos. Segundo a Procuradoria, o montante confiscado será dividido entre o Brasil e o Paraguai, em um esforço conjunto para combater e desmantelar esquemas de corrupção.
O “doleiro dos doleiros” foi um dos principais alvos da operação Lava Jato no Rio de Janeiro, sendo investigado na operação “Câmbio, Desligo” por liderar uma rede de lavagem de dinheiro por meio de operações conhecidas como dólar-cabo. Nesse tipo de movimentação financeira, o doleiro pede ao cliente que deposite o valor em reais em sua conta para, em seguida, transferir o montante convertido a partir de uma conta no exterior. Esse mecanismo é frequentemente utilizado para burlar os órgãos de fiscalização brasileiros.
Além disso, a investigação da Lava Jato no Rio também atingiu o ex-governador Sérgio Cabral, condenado por participar de um esquema que incluiu o recebimento de US$ 100 milhões em propina. Esse é mais um caso que evidencia a magnitude e a complexidade dos casos de corrupção que foram desvendados pela operação Lava Jato.
É importante ressaltar que a decisão de confisco dos bens de Messer ainda cabe recurso por parte de sua defesa. O UOL tentou entrar em contato com seus advogados, mas até o momento não houve resposta. A repercussão desse caso evidencia a relevância da luta contra a corrupção e a necessidade de cooperação entre diferentes países para combater essas práticas ilícitas.