Nir Barzilai, diretor do Instituto de Pesquisa sobre Envelhecimento do Albert Einstein College of Medicine, explicou que as pessoas intuitivamente percebem essa diferença, mas não entendem que se trata de um processo biológico que ainda está sendo estudado pela ciência. Os cientistas estão trabalhando para quantificar esse fenômeno, atribuindo um número à “idade biológica” das pessoas através da análise da saúde celular em vez de apenas considerar quantos anos elas têm.
No entanto, especialistas alertam que, apesar do interesse teórico e do potencial valor como ferramentas de pesquisa, os testes de idade biológica diretos ao consumidor ainda não estão prontos para serem utilizados de maneira generalizada. Isso porque os relógios epigenéticos usados nesses testes foram projetados para avaliar grandes grupos de pessoas e, por isso, seus resultados podem ser pouco confiáveis quando aplicados a indivíduos.
Um aspecto positivo, no entanto, é que algumas empresas estão vendendo testes que analisam o sangue ou saliva para calcular a idade biológica das pessoas, comparando suas mudanças no epigenoma com as médias populacionais. No entanto, o uso desses testes ainda não está claro, já que os cientistas não sabem como reverter a idade biológica de alguém ou se isso é possível.
Outra abordagem para medir a idade biológica são os marcadores sanguíneos convencionais, como colesterol e hemoglobina A1C, que podem ser usados como um proxy para a idade biológica de uma pessoa. Apesar disso, ainda não há consenso sobre se esses testes realmente acompanham a idade biológica em oposição à saúde geral.
Em resumo, apesar do avanço das pesquisas na área, os testes de idade biológica ainda estão longe de serem considerados confiáveis e de uso amplamente recomendado. Ainda há muitas incertezas e debates sobre sua eficácia e aplicabilidade, o que requer cautela por parte dos consumidores e da comunidade médica.