A “prisão provisória” contra Cristiani é solicitada pelo crime de “encobrimento pessoal”, devido à decretação de anistia após o massacre, de acordo com uma decisão do tribunal responsável pelo caso. A ordem de prisão também abrange quatro ex-deputados, e foi emitida por um tribunal na cidade de San Francisco Gotera (nordeste), que está processando vários militares pelo massacre, considerado o maior da América Latina e perpetrado durante a guerra civil em El Salvador de 1980 a 1992.
Segundo uma fonte ligada ao caso, o paradeiro de Cristiani é desconhecido e a ordem de prisão é resultado do trabalho do advogado Alejandro Díaz, que acompanha familiares de vítimas do massacre. A decisão do tribunal representa um avanço na busca por justiça em um dos episódios mais violentos da história recente de El Salvador.
O massacre de El Mozote é considerado um dos mais sangrentos da América Latina, e a busca por responsabilização tem sido uma longa batalha para as vítimas e seus familiares. O fato de um ex-presidente estar agora sujeito a uma ordem de prisão por encobrimento relacionado a esse massacre é um desenvolvimento significativo e demonstra um esforço em promover a justiça e responsabilização pelo que ocorreu durante a guerra civil em El Salvador.
As autoridades judiciais do país estão empenhadas em levar adiante o processo contra os envolvidos no massacre, e a emissão da ordem de prisão contra Alfredo Cristiani e outros ex-deputados mostra um compromisso com a investigação e responsabilização pelas violações dos direitos humanos ocorridas durante a guerra civil. O desfecho desse caso será observado de perto não apenas em El Salvador, mas também em toda a região, onde episódios de violência e injustiça durante conflitos armados ainda aguardam por justiça.






