Mostra em Quito expõe personagens marginalizadas da época colonial, revelando interculturalidade e diversidade na cidade

No Museu de Arte Colonial de Quito, uma exposição está chamando a atenção dos visitantes ao exibir peças que representam as populações marginalizadas da época colonial. As obras retratam personagens do cotidiano da cidade, mostrando a diversidade e a interculturalidade presentes na sociedade do período.

A coordenadora do museu, Gabriela Mena, ressaltou a importância de encontrar peças que representam a interculturalidade e a diversidade presentes na cidade. Ela enfatizou que as obras mostram a presença de indígenas, afrodescendentes e chapetones (espanhóis que chegaram à América), oferecendo um panorama da composição da sociedade da época.

Uma das peças em destaque representa figuras do povo indígena yumbo, com os rostos pintados e adornados com penas, proporcionando um vislumbre da cultura indígena na época colonial. Além disso, a vestimenta “afrancesada” dos afrodescendentes é destacada, oferecendo uma visão da influência cultural africana na vestimenta e no estilo de vida dessas populações naquela época.

A exposição também revela a realidade das mulheres na época colonial, com uma cena de violência doméstica retratada em uma das peças. Um homem ameaça uma mulher com uma garrafa, enquanto ela parece dar um passo para trás com seu filho nas costas e o rosto coberto de sangue. Essa representação chocante oferece um vislumbre da dura realidade enfrentada pelas mulheres naquela época.

O museu, que existe há 10 anos, surgiu a partir da transformação de uma ala do mosteiro em um espaço dedicado à arte e à preservação da história colonial de Quito. A exposição ficará em exibição até o primeiro trimestre de 2024, proporcionando aos visitantes a oportunidade de mergulhar na história e na cultura da época.

Em suma, a exposição no Museu de Arte Colonial de Quito oferece um olhar fascinante sobre a vida cotidiana e as populações marginalizadas da época colonial, fornecendo insights valiosos sobre a interculturalidade, a diversidade e as realidades sociais daquele período histórico. Ao trazer à tona essas representações, o museu ajuda a preservar e a celebrar a rica história e cultura de Quito.

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