Desde então, as autoridades argentinas têm buscado incansavelmente por respostas sobre os responsáveis pelo atentado. Em 2006, promotores argentinos apontaram o grupo pró-iraniano Hezbollah como executante do ataque e funcionários iranianos como os mandantes, porém, o Irã nega qualquer envolvimento no caso. A justiça argentina também emitiu uma ordem de captura internacional contra quatro suspeitos, sendo dois deles portadores de passaportes paraguaios.
Em meio a estas investigações, a justiça dos Estados Unidos acusou um dos suspeitos, identificado como El Reda, de participar em operações terroristas para o Hezbollah não só na América do Sul, mas também na Ásia e Líbano. O Hezbollah é uma organização islâmica xiita com base no Líbano, e as autoridades americanas suspeitam que eles tenham se estabelecido na América do Sul, especificamente na região da tríplice fronteira entre Argentina, Brasil e Paraguai, onde há uma grande comunidade de origem libanesa.
O impacto do atentado contra a AMIA vai além das fronteiras da Argentina, alcançando outros países da América do Sul. Em novembro, a Polícia Federal brasileira prendeu três pessoas no âmbito de uma investigação sobre possíveis preparativos para ataques terroristas no Brasil, com suposto envolvimento do Hezbollah, segundo informações de autoridades de Israel.
Até hoje, quase 30 anos após o atentado, as famílias das vítimas aguardam por justiça e a conclusão das investigações sobre este triste capítulo da história argentina. O caso permanece sem solução, mas as autoridades seguem comprometidas com a busca pela verdade e pela punição dos responsáveis pela tragédia.