Na entrada do jantar, Barroso conversou rapidamente com a imprensa e disse que o encontro foi uma “conversa institucional” solicitada por Lula.
Estiveram presentes os ministros Dias Toffoli, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Luiz Fux, Nunes Marques, bem como o advogado-geral da União, Jorge Messias. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, e as esposas dos ministros também participaram. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, nomeado por Lula para o Supremo e cuja posse está marcada para 22 de fevereiro, também era esperado.
O jantar ocorreu em meio à aprovação pelo Senado da proposta de emenda à Constituição que limita decisões individuais de ministros do Supremo. Um dos votos favoráveis foi do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), fato que irritou ministros da Corte.
Antes do jantar, Barroso defendeu a competência dos ministros da Corte para tomarem decisões individuais. Ele argumentou que seria inviável que todas as decisões monocráticas sejam levadas a plenário.
Esse encontro acontece em um momento de tensão entre o governo e o Supremo Tribunal Federal, com debates sobre os limites de atuação do judiciário. A presença de Lula e de membros importantes do STF reflete a importância de trazer o diálogo para resolver as tensões entre os poderes.
Além disso, a presença do ministro indicado por Lula, Flávio Dino, é um sinal de que o presidente está buscando influenciar a composição do Supremo de maneira a ter aliados no tribunal. Considerando que o STF é a mais alta corte do país, a relação entre os poderes Executivo e Judiciário é fundamental para o bom funcionamento da democracia e do Estado de Direito. Entretanto, também é importante manter a independência e a imparcialidade do judiciário para assegurar que suas decisões sejam tomadas de forma autônoma e sem interferência externa.
Em resumo, o jantar entre Lula e os ministros do STF é um reflexo das tensões políticas que permeiam o país, além de ser uma oportunidade para o diálogo e a aproximação entre os poderes Executivo e Judiciário.