No dia 13 de janeiro, o ministro Alexandre de Moraes incluiu o ex-presidente na investigação sobre a invasão às sedes do Três Poderes, para apurar se Bolsonaro incitou os atos ao compartilhar o vídeo nas redes sociais em 10 de janeiro. O vídeo em questão trazia o questionamento da regularidade das eleições de 2022, levantado por um procurador do estado de Mato Grosso durante entrevista à Rádio Hora 92,3.
A petição dos advogados de Bolsonaro questiona a inclusão do vídeo na investigação pela PGR, alegando que a gravação foi retirada da plataforma Metamemo.org e que seria necessária uma perícia para analisar a veracidade da mesma. Segundo a defesa, a recuperação do vídeo não reflete necessariamente o conteúdo original, uma vez que foi retirado de uma plataforma e recuperado em outra.
Antes da recuperação da gravação, Alexandre de Moraes havia dado prazo de 48 horas para o Facebook enviar o vídeo à Corte, no entanto, a plataforma informou que a publicação foi apagada por Bolsonaro e “não está disponível nos servidores da empresa”. Portanto, o embate jurídico em torno do vídeo seguia gerando polêmica e expectativa de desdobramentos.
Apesar da alegação de que a publicação do vídeo foi acidental, a investigação em curso no STF inclui o ex-presidente e sua possível participação na incitação dos atos de violência. A defesa de Bolsonaro busca contestar a inclusão do vídeo na investigação, enfatizando a necessidade de cautela ao considerar o conteúdo como prova definitiva.
O caso continua a gerar debate e controvérsia, dividindo opiniões e alimentando a discussão sobre o papel das redes sociais na disseminação de conteúdos controversos e potencialmente inflamatórios. A expectativa agora é aguardar os próximos capítulos dessa investigação e as decisões do Supremo Tribunal Federal a respeito do envolvimento de Bolsonaro no episódio. A polêmica em torno do vídeo e seus desdobramentos seguem no centro das atenções jurídicas e políticas do país.