O vídeo em questão contestava o resultado das eleições e consistia em um trecho de uma entrevista do procurador de Mato Grosso do Sul, Felipe Marcelo Gimenez, levantando questionamentos sobre a lisura das urnas eletrônicas. A publicação foi deletada duas horas depois de ter sido feita pelo ex-presidente.
A defesa de Bolsonaro afirmou que a publicação foi um erro e que o vídeo teria sido postado acidentalmente, enquanto o ex-presidente tentava enviá-lo para o seu próprio WhatsApp. Além disso, os advogados alegam que Bolsonaro estava sob efeito de morfina no momento da publicação. No entanto, uma declaração polêmica que está gerando polêmica neste caso é o fato do ex-presidente afirmar que estava sob efeito de morfina, uma alegação que suscitou mais dúvidas sobre sua capacidade de atuar de forma coerente e responsável nas redes sociais.
O ministro Alexandre de Moraes cobrou que a empresa responsável pela rede social onde o vídeo originalmente foi publicado fornecesse o conteúdo, porém, a empresa alegou que não estava mais armazenado nos servidores, o que suscitou ainda mais dúvidas sobre a veracidade das alegações de Bolsonaro.
Por outro lado, a Procuradoria-Geral da República afirmou ter recuperado o vídeo, contestando as alegações da defesa de Bolsonaro. O subprocurador Carlos Frederico Santos enviou um relatório técnico ao Supremo Tribunal Federal comprovando a recuperação das imagens publicadas pelo ex-presidente.
Os advogados de Bolsonaro, no entanto, ressaltaram a necessidade de cautela ao analisar o conteúdo recuperado, argumentando que a associação entre o vídeo apagado e o supostamente recuperado não pode ser considerada como uma correspondência definitiva, devido a diferentes contextos e provedores. A defesa enfatiza que a noção de que o vídeo recuperado reflete fielmente o conteúdo do originalmente deletado é uma conjectura sensível e longe de ser uma afirmação incontestável.
O caso continua gerando debate e polêmica, com ambas as partes se esforçando para provar sua versão dos fatos. O Supremo Tribunal Federal terá a responsabilidade de analisar as evidências apresentadas e tomar uma decisão sobre a autenticidade do vídeo recuperado.