O processo de inscrições para a EJA acontece o ano todo na maior parte da região, e os candidatos devem apresentar documentos de identificação, comprovante de endereço e, se possível, histórico escolar. A modalidade atende alunos de todas as idades, desde aqueles que estão em processo de alfabetização até os que desejam concluir os estudos por não terem conseguido terminar na idade regular.
A reportagem ouviu alguns dos alunos que encontraram na EJA a oportunidade de retomar os estudos. Anizia Gusmão Sirqueira, de 77 anos, é um exemplo disso. Ela voltou a estudar depois de quase 60 anos longe dos bancos escolares, e revela que, apesar das dificuldades devido a problemas de saúde, a escola trouxe mais ânimo para sua vida.
Além dos alunos, a Educação de Jovens e Adultos também tem impactado os professores, como é o caso de Pedrina Alves do Nascimento, que trabalha como educadora na modalidade. Ela se diz apaixonada pela EJA e pretende continuar na área, além de se especializar na educação de adultos.
As cidades da região garantem que vão oferecer mais vagas para 2024, com destaque para Diadema, que disponibilizará mais 2,2 mil vagas, e Santo André, que espera atender cerca de 6 mil alunos no próximo ano. As matrículas para a EJA já estão em andamento em diversas cidades e podem ser feitas o ano todo, com a documentação necessária variando entre os municípios.
Esse cenário mostra que a Educação de Jovens e Adultos tem cumprido um papel fundamental na inclusão educacional e social, atendendo a demanda de alunos de diferentes idades e contextos, e proporcionando uma nova oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal. Com histórias como as de Anizia e Pedrina, a modalidade continua a desempenhar um papel crucial na educação da região do ABC.