Segundo a CPTM, quando o trem parou, uma porta foi aberta e algumas pessoas saltaram para os trilhos. Foi nesse momento que a vítima acabou atingida pelo trem que circulava no sentido oposto, resultando em sua morte no local. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar foram acionados para o resgate e apoio no atendimento da ocorrência. As equipes de segurança demoraram cerca de uma hora para retirar totalmente as pessoas dos trilhos, impactando a operação do sistema com a redução da velocidade dos trens.
De acordo com o relato policial, a briga que deu origem à parada do trem teve início depois que um dos envolvidos sentou em um assento preferencial, o que gerou descontentamento por parte de uma senhora e outros dois rapazes. A confusão resultou em uma discussão generalizada no vagão, culminando na abertura forçada das portas e no atropelamento fatal do homem de 64 anos.
A CPTM lamentou o ocorrido e afirmou que “não tolera nenhum tipo de violência contra a vida nos trens e estações, seja por parte de seus colaboradores ou de passageiros que utilizam o sistema”. A companhia se comprometeu a colaborar com a investigação policial, incluindo o resgate de imagens gravadas no interior do trem. O caso foi registrado pela Polícia Civil como morte acidental e perigo de desastre ferroviário, crime previsto no artigo 260 do Código Penal, com pena de até cinco anos de prisão. A investigação será conduzida pelo 22º DP (São Miguel Paulista).
O boletim de ocorrência ressalta a gravidade do incidente, afirmando que “não restam dúvidas quanto ao enquadramento típico da conduta” dos responsáveis pela abertura forçada das portas, ressaltando que o episódio poderia ter vitimado dezenas de passageiros. A CPTM reforçou seu compromisso em garantir a segurança dos passageiros em suas instalações e se comprometeu em colaborar com as autoridades para esclarecer os acontecimentos que resultaram na trágica perda.