Comissão de Direitos Humanos aprova projeto para padronização de rampas de acesso a calçadas em frente à faixa de pedestres.

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou na quarta-feira (13) o projeto de lei que visa garantir a padronização das rampas de acesso a calçadas em frente à faixa de pedestres. Segundo o projeto, a largura da rampa deve ter a mesma medida que o comprimento da faixa, de acordo com a proposta da senadora Ivete da Silveira (MDB-SC), que recebeu relatório favorável da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP). A matéria tem o objetivo de diminuir a falta de padronização das rampas de acesso a calçadas, que prejudica, principalmente, as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

O projeto altera a Lei de Acessibilidade e estabelece que as rampas de acesso tenham inclinação menor que 5%, com largura igual ao comprimento da faixa de pedestres, e nunca inferior a um metro e meio. Além disso, sugere um prazo de um ano para que as medidas sejam implementadas. A relatora Mara Gabrilli destacou a importância dessas medidas para garantir o direito básico de ir e vir de todas as pessoas, sem obstáculos.

A senadora, que é conhecida por sua atuação em defesa das pessoas com deficiência, ressaltou que as calçadas e as faixas não podem apresentar medidas aleatórias que se convertam em potencial risco para a segurança dessas pessoas. Segundo ela, mesmo que existam regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que tratam de rampas de acesso e calçadas, é importante abordar o assunto por meio de lei.

Durante a discussão do projeto, o presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), e a senadora Leila Barros (PDT-DF) elogiaram a iniciativa e ressaltaram a importância de promover a inclusão e a cidadania. O senador Flávio Arns (PSB-PR) sugeriu um amplo estudo para tratar de regras para calçadas acessíveis e reclamou da falta de acessibilidade no entorno do prédio do Congresso Nacional.

Em resumo, o projeto aprovado pela CDH representa um avanço significativo na garantia dos direitos das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, promovendo a inclusão e a acessibilidade nas cidades brasileiras. Agora, a proposta segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde vai tramitar em decisão terminativa.

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