Nenhuma das duas leis sobre a renegociação de dívidas do Fies preveem “perdão” das dívidas, mas desconto máximo de 99%

A recente polêmica envolvendo o cancelamento do “perdão das dívidas do Fies” sancionado pelo presidente Bolsonaro, supostamente feito pelo presidente Lula, foi desmentida por uma investigação jornalística.

De acordo com a apuração, uma nova lei sancionada em novembro, durante o governo Lula, aumentou o prazo para a inclusão de estudantes com inadimplência até 30 de junho de 2023. Enquanto a lei anterior, sancionada por Bolsonaro, estabelecia o prazo para os débitos vencidos até 30 de dezembro de 2021. Portanto, a afirmação de que o perdão das dívidas foi cancelado por Lula não condiz com a realidade.

Além disso, tanto a medida do governo Bolsonaro quanto a de Lula, não previam o abatimento total das dívidas, mas sim um desconto máximo de 99% para aqueles que se encaixassem nos critérios estabelecidos, o que demonstra que a informação divulgada estava equivocada.

Diante do exposto, é importante ressaltar a importância da verificação de informações antes de compartilhá-las, para evitar a propagação de notícias falsas ou distorcidas. A disseminação de conteúdo inverídico pode gerar desinformação e causar impactos negativos na sociedade.

Portanto, a checagem de fatos e a busca por fontes confiáveis são fundamentais para a construção de um ambiente informacional saudável e para o exercício da cidadania responsável. Contestar a veracidade das informações é um papel essencial do jornalismo, que tem o compromisso de levar a verdade aos seus leitores e telespectadores. O acesso à informação de qualidade é um direito de todos e um pilar fundamental para o desenvolvimento da sociedade.

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