Essa concentração econômica prejudicou as capitais e os centros urbanos, que sofreram uma redução relativa de sua importância no PIB nacional. As capitais responderam por apenas 27,6% do PIB em 2021, uma redução significativa em comparação com os 36,1% que representavam em 2002. Além disso, as tendências de redução relativa da importância econômica dos grandes centros urbanos foram mantidas em 2021. As duas maiores concentrações urbanas do país, Rio de Janeiro e São Paulo, tiveram uma queda em sua participação no PIB nacional, apontando para uma desconcentração econômica municipal identificada ao longo da série histórica.
Enquanto os 25 municípios mais ricos do Brasil representavam 33,0% do PIB nacional em 2021, os 1.306 municípios com economias menores detiveram apenas 1% do PIB do país, mas respondiam por 3,1% da população brasileira. A indústria extrativa, como a extração de petróleo e gás, foi um dos principais fatores que impulsionaram o ganho de participação no PIB de alguns municípios. Enquanto isso, a perda de participação no PIB foi impulsionada por atividades de serviços, incluindo atividades financeiras, administração pública e atividades profissionais científicas e técnicas.
Esses números refletem a realidade da economia brasileira, destacando a necessidade de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa da riqueza entre os municípios, a fim de reduzir as disparidades regionais e promover um desenvolvimento mais equilibrado em todo o país.