De acordo com as informações divulgadas pela prefeitura, a tarifa zero contemplará 1.175 linhas e uma frota de 4.830 ônibus. O modelo deverá funcionar das 0h às 23h59 dos domingos e a expectativa é de beneficiar 2,2 milhões de passageiros. A prefeitura afirmou que a medida terá um custo anual de R$ 238 milhões, correspondente ao valor que as tarifas pagas aos domingos atualmente rendem aos cofres públicos.
O prefeito explicou que a frota circulante aos domingos é 60% ociosa, o que não exigirá implementação de subsídio. A tarifa deve deixar de ser cobrada, gerando um ganho para a cidade, inclusive para a saúde mental da população. Não há previsão de que a medida aumente a demanda pelos ônibus. Também não há um prazo de duração definido para o novo programa.
Para usufruir da gratuidade, os passageiros que possuem o Bilhete Único poderão passá-lo na catraca, mas o valor não será debitado do cartão. Já para quem não tem o Bilhete Único, o cobrador terá um bilhete de bordo que liberará a catraca. Nos ônibus sem cobrador, o motorista terá um dispositivo para liberar a passagem.
A tarifa zero será aplicada apenas aos domingos e nos feriados de Natal, Ano Novo e no aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro. O horário de funcionamento será das 0h às 23h59. Não há previsão de passagem livre nos demais feriados e não há previsão de encerramento do projeto.
O prefeito ressaltou que, com a oferta de 1.175 linhas gratuitas, os passageiros não precisarão utilizar as linhas férreas de metrô e trem, que não aderiram ao programa e continuarão cobrando a passagem normalmente.
A prefeitura estima que receberá, por domingo, 2,2 milhões de passageiros. Para atendê-los, 4.800 ônibus estarão em funcionamento. A administração espera renunciar a uma receita de R$ 240 milhões ao ano, equivalente ao que a prefeitura deixará de receber com as catracas livres aos domingos. No entanto, não será necessário pagar a mais às empresas pelo passe livre, de acordo com a prefeitura.
Ao votar o orçamento da cidade para o ano que vem, a Câmara dos Vereadores aprovou uma reserva de R$ 500 milhões para o Executivo custear o transporte coletivo gratuito. A prefeitura não apresentou dados que sugerissem o aumento da demanda de passageiros, mas cidades que adotaram um modelo semelhante registraram um aumento significativo na quantidade de usuários. A princípio, a medida não será aplicada durante a madrugada dos outros dias, como chegou a ser cogitado, mas o prefeito afirmou que isso ainda poderá acontecer no futuro. Além disso, não haverá tarifa zero durante os feriados, pelo menos por enquanto.
