Presidente da UNE critica proposta de déficit zero do governo e afirma que pode atrasar o crescimento do país, principalmente na educação.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, fez duras críticas à proposta de déficit zero do governo federal, alegando que essa meta, estipulada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode representar um retrocesso no crescimento do país, principalmente na área da educação.

De acordo com Mirella, a política fiscal de austeridade proposta pelo governo impede investimentos estratégicos em setores cruciais, como educação, pesquisa e desenvolvimento. Ela ressalta a importância de investir em infraestrutura universitária e na garantia de assistência estudantil para o avanço do país.

Essa posição será apresentada na Conferência Nacional de Juventude, que teve início nesta quinta-feira (14). A UNE planeja pressionar contra a proposta de déficit zero, que está na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada pela Comissão Mista de Orçamento e aguarda votação no plenário do Congresso.

O documento a ser apresentado na conferência destaca os cortes de verbas e o sucateamento das instituições federais de ensino superior nos últimos seis anos, resultado dos ataques promovidos pelos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. A UNE argumenta que a proposta de déficit zero representa um grande retrocesso para o fortalecimento dessas instituições.

Além disso, a presidente da UNE complementa que a busca pelo déficit zero em meio a uma política de austeridade revela-se um erro de estratégia econômica, e que o Brasil necessita, na verdade, do aumento dos gastos públicos e dos investimentos do Estado.

Para além das críticas, a UNE também exige o acréscimo de R$ 2,5 bilhões no orçamento discricionário das universidades federais, demonstrando a preocupação com o financiamento adequado para as instituições de ensino.

Diante desse cenário, a posição da UNE é fundamental para demonstrar a insatisfação de parte da sociedade civil com a proposta de déficit zero do governo, evidenciando a importância do debate sobre a política fiscal e seus impactos no setor educacional.

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