Representantes de 200 países encerram a COP28 com acordo histórico de redução do consumo global de combustíveis fósseis para conter mudanças climáticas.

A conferência do clima da ONU, COP28, encerrou suas atividades com a aprovação de um documento que propõe a redução do consumo global de combustíveis fósseis. Representantes de quase 200 países se reuniram em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, durante duas semanas de negociações para decidir o futuro do uso de petróleo, gás e carvão.

O texto aprovado sinaliza que a era do petróleo pode estar chegando ao fim, embora a linguagem utilizada tenha sido considerada fraca por especialistas, diante da urgência de conter as mudanças climáticas. O objetivo do acordo é enviar um sinal forte aos investidores e formuladores de políticas públicas de que o mundo está unido para dar fim ao uso dos combustíveis fósseis, considerado pelos cientistas como a última esperança para evitar uma catástrofe climática.

A Noruega, representada pelo ministro de Relações Exteriores, Espen Barth Eide, celebrou o fato de que, pela primeira vez, o mundo se uniu em torno da necessidade de transição para longe dos combustíveis fósseis. No entanto, mais de cem países fizeram lobby por uma linguagem mais forte no acordo, que incluísse a expressão “eliminar gradualmente” o uso de petróleo, gás e carvão, mas enfrentaram forte oposição do grupo de produtores de petróleo liderado pela Arábia Saudita, a Opep.

O desentendimento levou a conferência a atrasar seu encerramento, que estava previsto para terça-feira, e resultou na publicação de um novo rascunho do balanço global do Acordo de Paris. O novo texto propôs a transição dos combustíveis fósseis, em vez de mencionar a eliminação gradual, e foi aprovado depois de intensas negociações que atravessaram a madrugada em Dubai.

Com o acordo fechado, os países agora são responsáveis por cumprir os termos por meio de políticas e investimentos nacionais. O documento exige a transição para longe dos combustíveis fósseis nos sistemas de energia, de maneira justa, ordenada e equitativa, com o objetivo de alcançar a neutralidade de carbono até 2050, além de triplicar globalmente a capacidade de energia renovável até 2030.

Essa decisão marca um marco na luta contra as mudanças climáticas, unindo nações em um esforço comum para mitigar os piores efeitos do aquecimento global. O mundo agora aguarda para ver como os países irão implementar as medidas acordadas na COP28, e se a transição para fontes de energia mais sustentáveis se tornará uma realidade concreta.

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