No entanto, a família de Amin enfrentou obstáculos para participar da cerimônia no Parlamento Europeu. Eles não receberam autorização para sair do Irã e, portanto, só puderam ser representados por um advogado, que recebeu o prêmio simbolicamente em seu nome.
Durante a cerimônia, o advogado leu uma mensagem da mãe de Amin, Mojgan Eftekhari, expressando o desejo de estar presente na assembleia e agradecendo pela concessão do Prêmio Sakharov. No entanto, ela também denunciou a negação da oportunidade de comparecer à cerimônia, considerando a atitude uma violação das normas legais e humanas.
Eftekhari também comparou sua filha a Joana d’Arc e afirmou que o nome de Amin, junto com o da lendária heroína francesa, continuará sendo um símbolo de liberdade.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, condenou a decisão iraniana de impedir a viagem da família de Amin. Ela destacou que a forma como foram tratados é apenas mais um exemplo do desafio diário enfrentado pelo povo iraniano.
Metsola também ressaltou que a atitude das autoridades iranianas é um reflexo do regime no país, que continua oprimindo e restringindo as liberdades fundamentais de seus cidadãos.
A premiação de Amin com o Prêmio Sakharov de Liberdade de Consciência representa um reconhecimento significativo de seu trabalho na defesa dos direitos humanos. No entanto, a negação da presença de sua família na cerimônia ressalta os desafios enfrentados por ativistas e defensores dos direitos humanos em países onde a liberdade de expressão e manifestação é limitada.