Os advogados esperavam que Navalny fosse transferido após ter sido condenado por “extremismo” em agosto. No entanto, o tamanho do território russo torna o processo de transferência extremamente demorado, devido à necessidade de várias etapas de viagens em comboio. Essa situação deixa as famílias dos prisioneiros sem notícias durante a transferência, gerando preocupação e desconforto.
O sumiço de Navalny acontece em meio à confirmação da candidatura do atual presidente russo, Vladimir Putin, para as próximas eleições em março de 2024. Durante um evento no Kremlin, Putin anunciou que concorrerá novamente à presidência, provocando especulações e temores de que a prisão de Navalny tenha sido transferida para uma região ainda mais isolada e com condições mais restritas.
Essas preocupações têm se estendido para além das fronteiras da Rússia, com os Estados Unidos também demonstrando preocupação com o desaparecimento de Navalny. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA afirmou que estão profundamente preocupados com os relatos de que Navalny está desaparecido há uma semana e que irão trabalhar com a embaixada em Moscou para obter mais informações sobre o caso.
Lyubov Sobol, assessora de Navalny, também expressou preocupação com a situação, afirmando que o governo russo teme o líder da oposição e, por isso, o isolou o mais longe possível do mundo exterior.
Essa situação evidencia as tensões políticas e os desafios enfrentados por opositores ao governo de Putin na Rússia, o que tem gerado repercussões não apenas a nível nacional, mas também internacional. A situação de Navalny continua a ser monitorada de perto por diversos atores políticos e sociedade civil ao redor do mundo.