Durante o evento, o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Andreas Bjelland Eriksen, afirmou que os pagamentos para o Fundo Amazônia estavam em pausa desde 2018, mas que agora serão retomados. Eriksen ainda aproveitou para elogiar a gestão de Marina Silva à frente do Ministério do Meio Ambiente e ressaltar a volta do PPCDAm (Programa de Prevenção de Combate ao Desmatamento da Amazônia), que é a principal aposta da pasta para diminuir as taxas de desmatamento na região.
O ministro também se disse impressionado com a redução do desmatamento, chamando de “a notícia de clima mais importante do ano”. Ele ainda elogiou a liderança global e regional do Brasil no combate ao desmatamento.
Além da Noruega, o Reino Unido também anunciou uma doação de US$ 44 milhões (R$ 217 milhões) para o mecanismo, totalizando US$ 94 milhões (R$ 465 milhões). O ministro britânico de clima, Graham Stuart, brincou com o fato de que a sede da COP28 ser uma região petroleira, enquanto o Brasil recebe elogios pelo combate ao desmatamento.
Marina Silva, ao participar do evento, ressaltou que a redução de 50% do desmatamento nos últimos onze meses foi alcançada, em parte, pelo plano de emergência feito pelo Ibama. Ela também enfatizou a importância do Fundo Amazônia para fortalecer as políticas públicas no combate ao desmatamento.
O Fundo Amazônia funciona de acordo com um mecanismo negociado pelo Brasil nas conferências do clima da ONU, o chamado Redd (redução das emissões de desmatamento e degradação). A gestão dos recursos do Fundo fica a cargo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que recebe doações de países como Noruega, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Dinamarca e Estados Unidos.
Essas novas doações vêm após a divulgação da redução de 22,5% no desmatamento da Amazônia Legal entre agosto de 2022 e julho de 2023, em relação ao período anterior. A expectativa é que os recursos recebidos possam contribuir para manter essa tendência de queda no desmatamento, fortalecendo as ações de preservação ambiental na região.