Além disso, o Brasil é o quarto país que mais mata defensores de direitos humanos e ativistas do meio ambiente e do clima. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, houve um aumento significativo de casos de assassinatos, ameaças e perseguições a camponeses, povos da floresta, indígenas e comunidades tradicionais nos últimos anos. Em 2013, foram registradas 1.338 ocorrências, enquanto em 2022 esse número subiu para 2.018, o que representa um aumento de 50%.
Diante desse cenário preocupante, a Anistia Internacional aponta a necessidade de ações por parte do poder público para lidar com essas questões. Entre as medidas sugeridas pela entidade, estão a definição explícita da responsabilidade dos comandantes e outros superiores por condutas ilegais da polícia, a proibição da discriminação racial, o aprimoramento de canais de atendimento e delegacias da mulher para garantir um atendimento humanizado e baseado em princípios de direitos humanos, entre outras.
A diretora de programas da Anistia Internacional ressalta a importância da participação da população e dos movimentos sociais na definição das políticas públicas, a fim de que as medidas sejam mais adequadas às realidades brasileiras. Ela destaca que, diante de um cenário tão preocupante, é preciso manter a esperança de um mundo melhor e de uma convivência mais pacífica e plural.
A situação da violência no Brasil é um problema que afeta diretamente a vida de milhares de pessoas e exige a atenção e o comprometimento das autoridades e da sociedade como um todo para que medidas efetivas sejam tomadas.