Encerramento dos 21 dias de ativismo da ONU pelo fim da violência contra mulheres acontece em 30 cidades do Brasil e no exterior

No último domingo (10), 30 cidades brasileiras e diversas localidades no exterior encerraram os 21 dias de ativismo da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo fim da violência contra mulheres e meninas com a realização de caminhadas. O evento foi liderado pelo Grupo Mulheres do Brasil, membro das parcerias de investimentos em prevenção e garantia de vidas livres de violência para mulheres e meninas.

A caminhada no Rio de Janeiro ocorreu no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade, e contou com participação ativa de diversas figuras, incluindo delegadas, promotoras, juízas e lideranças do Comitê de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas do Grupo Mulheres do Brasil no Rio de Janeiro. Marilha Boldt, fundadora do Projeto Superação Violência Doméstica, enfatizou a importância do engajamento das participantes na luta diária contra a violência de gênero.

Os números alarmantes sobre a violência contra mulheres no estado do Rio de Janeiro foram revelados pelo Dossiê Mulher 2023, produzido pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mostrando que a cada hora, 14 mulheres sofrem algum tipo de violência na região. Além disso, o boletim da Rede de Observatórios da Segurança apontou que uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas a nível nacional, com 1.437 mulheres mortas em decorrência de feminicídio no ano passado, sendo que 61,1% delas eram negras.

A mobilização teve o apoio das secretarias municipal e estadual da Mulher, com o intuito de buscar investimentos na prevenção da violência. A secretária municipal de Políticas e Promoção da Mulher do Rio de Janeiro, Joyce Trindade, ressaltou a importância de conscientizar a população e abordar a temática em todos os espaços, enfatizando que a luta pelo enfrentamento à violência precisa ser coletiva. Além disso, a secretária estadual da Mulher, Heloisa Aguiar, destacou a importância de romper o ciclo da violência o mais rápido possível, orientando as mulheres a procurar ajuda nos centros de atendimento especializados.

Por fim, todo o aparato de apoio do governo disponível para as mulheres em situações de violência, seja física, moral ou patrimonial, pode ser acessado através do aplicativo gratuito Rede Mulher. A mobilização visa não só divulgar a existência dessa rede de apoio, mas também sensibilizar a sociedade para a necessidade de combater e prevenir a violência contra mulheres e meninas.

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