Licença-paternidade de cinco dias é insuficiente para o desenvolvimento emocional e social das crianças, alertam estudos e Coalização.

Recentemente, diversos estudos têm comprovado que a presença ativa do pai na vida do recém-nascido pode ter impactos significativos no desenvolvimento e bem-estar da criança. Isso porque cuidar de um bebê estabelece vínculos que duram a vida inteira, e a presença ativa do pai pode elevar a autoestima e bem-estar emocional dos filhos, resultando em menos problemas como uso de drogas, gravidez precoce ou evasão escolar, de acordo com pesquisas.

Além disso, a presença dos pais também influencia a inteligência, as relações sociais, o desenvolvimento da fala e o desempenho acadêmico das crianças, segundo estudos. E não é apenas a criança que se beneficia. A presença ativa do pai também pode resultar em diminuição da quantidade de separações, casos de depressão pós-parto e violência doméstica, de acordo com as pesquisas.

A importância da presença paterna vai além do impacto individual na vida das crianças. Dividir responsabilidades de forma mais equilibrada pode diminuir a discriminação em relação às mulheres no mercado de trabalho, permitindo aos pais exercerem seu papel, apoiando sua esposa e os filhos num momento tão especial e desafiador para a família.

Estudos também apontam que pais presentes experimentam alterações hormonais e cerebrais semelhantes às das mães quando estão ativamente envolvidos na vida de seus filhos. A ocitocina, conhecida como hormônio do amor, foi encontrada em níveis semelhantes em pais que mantêm um bom contato físico com seus bebês.

Apesar de todos esses benefícios, a licença-paternidade oferecida pelas empresas no Brasil é considerada insuficiente. A maioria das empresas oferece apenas 5 dias aos pais, enquanto alguns programas, como o Empresa Cidadã, oferecem apenas 20 dias frente aos 180 dias ofertados para as mulheres.

Diante dessa realidade, um grupo formado por indivíduos, empresas e instituições lançou a Coalização Licença Paternidade, que visa estender gradativamente a licença-paternidade, sempre de forma remunerada e obrigatória. A Coalizão defende que a licença-paternidade deve ser obrigatória, remunerada e custeada pelo Estado para favorecer sua adoção plena tanto por empregadores quanto empregados.

Para apoiar essa causa, é possível participar do projeto como signatário, apoiador financeiro ou voluntário. A Coalizão também conta com embaixadores, como Vera Iaconelli, Marcos Piangers, Lázaro Ramos e Daniel Mazini, que auxiliam na disseminação da importância da licença-paternidade estendida.

Portanto, considerando todos os benefícios comprovados da presença paterna na vida das crianças, a extensão da licença-paternidade é vital para promover um desenvolvimento saudável e equilibrado das futuras gerações.

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