Os nomes escolhidos incluem a Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá, a cantora Elza Soares, Chaguinhas, o cabo que foi condenado à morte e inspirou o nome do bairro paulistano da Liberdade, a filósofa e escritora Lélia Gonzales e o geógrafo Milton Santos. No total, foram 14 indicados e a população podia escolher três nomes.
A iniciativa foi destacada pela secretária municipal de Cultura, Aline Torres, que ressaltou a importância de aumentar a representatividade das personalidades negras no acervo de esculturas públicas da cidade. Até o momento, apenas cinco das 390 obras existentes homenageavam pessoas negras. Com a inauguração das novas esculturas, esse número aumentará para 15.
Ao longo dos últimos dois anos, outras personalidades negras já haviam sido homenageadas com estátuas, incluindo o atleta olímpico Adhemar Ferreira da Silva, a escritora Carolina Maria de Jesus, Deolinda Madre (Madrinha Eunice), Geraldo Filme e Itamar Assumpção. Com as novas esculturas, a cidade de São Paulo busca valorizar e eternizar a contribuição dessas figuras para a cultura brasileira.
Entre os homenageados, Ialorixá Mãe Sylvia de Oxalá foi uma importante líder religiosa e política, responsável por preservar e ensinar o modo de vida e a valorização do candomblé. Elza Soares foi uma cantora e compositora reconhecida como um dos maiores nomes da música popular brasileira, tendo sido premiada como “A Melhor Cantora do Universo” pela BBC.
Lélia Gonzalez, por sua vez, foi uma intelectual e ativista que teve papel fundamental na resistência política ao regime militar. Já Milton Santos, considerado um dos maiores pensadores da geografia do Brasil e do mundo, destacou-se por seu posicionamento crítico ao sistema capitalista e à globalização. Por fim, Chaguinhas foi um cabo negro do Primeiro Batalhão de Santos, que foi condenado à morte após participar de uma revolta por melhores condições salariais.
Com a criação dessas novas esculturas, a cidade de São Paulo busca não apenas homenagear essas personalidades, mas também promover a representatividade e a valorização da cultura negra na sociedade brasileira.