Uma das autoras escolhidas é Nísia Floresta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, considerada a primeira educadora e jornalista feminista do Brasil. Nascida no Rio Grande do Norte, essa escritora em prosa e verso denunciou as injustiças cometidas contra os negros escravizados e os indígenas brasileiros.
Outra homenageada é Narcisa Amália de Campos, educadora, poetisa e jornalista brasileira – primeira mulher a trabalhar profissionalmente como jornalista no Brasil. Ela foi antiescravista, republicana e teve sua obra elogiada por grandes nomes como Machado de Assis e Pedro II.
Júlia Lopes de Almeida, escritora, cronista e teatróloga, foi outra das autoras selecionadas. Ela foi uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras, apesar de ter sido excluída posteriormente para manter a Academia exclusivamente masculina.
Rachel de Queiroz, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras e a receber o Prêmio Camões, também foi homenageada. Ela é conhecida por sua habilidade na análise psicológica de seus personagens e por ser uma autora de destaque da literatura social nordestina.
Sophia de Mello Breyner Andresen, poetisa, contista e escritora de literatura infantil, foi outra das mulheres reconhecidas. Ela acreditava que a poesia representava um valor transformador fundamental e foi agraciada com o Prêmio Camões.
A lista de autoras incluiu ainda Clarice Lispector, Lygia Fagundes Telles, Conceição Evaristo, Paulina Chiziane e Djaimilia Pereira de Almeida. Todas essas mulheres contribuíram significativamente para a literatura brasileira e lusófona e mereceram ser homenageadas. Suas obras têm impacto duradouro e continuam a inspirar gerações de leitores em todo o mundo. A seleção das autoras reflete o compromisso do governo de São Paulo em reconhecer e celebrar a diversidade e a excelência incontestável da produção literária feminina.