A adolescente de 15 anos foi atingida por dois tiros, um no punho e outro na perna, e está internada em estado estável no Hospital São José, em São José do Ouro. Já o rapaz de 23 anos, também ferido no tiroteio, recebeu alta médica na manhã de terça-feira, 5 de dezembro.
De acordo com fontes oficiais, o tiroteio ocorreu em meio a um conflito entre moradores da Terra Indígena de Cacique Doble, que se arrasta há mais de um ano. A situação se agravou ao longo do tempo, e investigações apontam para sucessivos crimes graves relacionados à disputa pela liderança da comunidade indígena.
A Polícia Federal, em ações esparsas, tentou intervir na situação, chegando a prender preventivamente três membros da liderança da reserva. No entanto, o clima de violência persiste, com novas tentativas de homicídio, lesão corporal e outros crimes.
De acordo com o comandante dos Bombeiros Voluntários de Cacique Doble, Tiago José Demartini, o conflito armado tornou a reserva indígena um local inseguro, preocupando as autoridades e os moradores da região. As casas foram incendiadas recentemente, e a situação se tornou insustentável.
Diante do cenário de violência, a prefeitura de Cacique Doble publicou um decreto suspendendo shows e aglomerações em espaços públicos, como medida preventiva para garantir a segurança dos moradores. Conflitos entre grupos indígenas rivais resultaram em brigas e feridos durante a abertura do Natal Luz e Paz de Cacique Doble, e parte do evento teve que ser cancelada.
O clima de insegurança também atingiu a Escola Estadual Sylvio Dal Moro, cujos pais de alunos optaram por cancelar o jantar de formatura, temendo pela segurança dos estudantes.
A situação nas Terras Indígenas de Cacique Doble é preocupante, com a violência fora de controle e a comunidade vivendo sob constantes ameaças. A necessidade de desarmamento e medidas efetivas para resolver o conflito se torna cada vez mais urgente, conforme relatos de moradores e autoridades locais.
