Campos Neto ressaltou os avanços do Brasil na rastreabilidade de recursos ilegais, afirmando que o país tem se aperfeiçoado no uso de novas tecnologias que contribuem para elevar a efetividade no combate e prevenção de atividades ilícitas.
Ao fazer um balanço sobre o combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, o presidente do BC mencionou o alinhamento do Brasil com diretrizes da ONU e do Grupo de Ação Financeira da OCDE como marcos importantes. Ele enfatizou o compromisso do país em reprimir os crimes financeiros e afirmou que o Banco Central continuará colaborando com os órgãos de controle, gerando resultados positivos em parceria com a Polícia Federal, Ministério Público e demais órgãos.
Desde que a lei entrou em vigor, o Banco Central realizou 33 milhões de comunicações ao Coaf, das quais 5,5 milhões foram feitas somente no ano passado. O Coaf, criado em 1998, monitora operações financeiras suspeitas, sendo as instituições financeiras obrigadas a repassar ao órgão os dados de transações acima de R$ 10 mil por pessoas físicas e empresas, caso os recursos tenham origem duvidosa. Além disso, as instituições devem informar qualquer saque ou depósito em espécie a partir de R$ 100 mil, mesmo se não houver suspeita sobre o dinheiro.
Historicamente vinculado ao Ministério da Fazenda, o Coaf foi transferido ao Banco Central em 2019, e teve seu nome original resgatado pelo Congresso Nacional, após tentativa de alteração para Unidade de Inteligência Financeira no governo anterior.