No último sábado, foram registrados novos tremores diante do iminente colapso de uma das 35 minas de exploração de sal-gema da Braskem. A região está sendo monitorada devido aos novos abalos sísmicos que geraram risco iminente de colapso. Apesar disso, o Ministério de Minas e Energia afirmou que o afundamento da mina está estabilizado e que qualquer desabamento será localizado, e não generalizado.
O desastre teve início em março de 2018, quando tremores atingiram a capital alagoana, causando danos visíveis no solo e resultando em rachaduras, afundamentos e erosões em casas e prédios. O Serviço Geológico do Brasil concluiu que as atividades de mineração da Braskem em uma área de falha geológica foram responsáveis pelos tremores e afundamentos do solo. A empresa suspendeu suas atividades de mineração em maio de 2019, um dia após a divulgação do laudo do Serviço Geológico.
A população que vivia nos bairros atingidos teve que deixar suas casas, e um acordo foi firmado para a indenização dos proprietários de 14,5 mil residências. No entanto, o Movimento Unificado das Vítimas da Braskem alega que a mineradora não agiu com celeridade nos pagamentos de indenizações e que muitos valores não foram justos.
Nas últimas semanas, a situação se agravou, com a Defesa Civil emitindo alertas sobre o risco iminente de colapso de uma das minas. A prefeitura de Maceió decretou estado de emergência e medidas de emergência estão sendo adotadas, incluindo o preparo de abrigos para as famílias e distribuição de cestas básicas.
A instabilidade do solo de Maceió ainda preocupa, e não está descartada a possibilidade de novos tremores e afundamentos no futuro. Especialistas apontam que a atividade de mineração deixou um rastro de impactos geológicos e ambientais que ainda estão em curso, e que a região afetada dificilmente será utilizada no futuro devido à gravidade da situação. Enquanto isso, a população aguarda a estabilização definitiva do solo e a resolução dos impactos causados por esse desastre sem precedentes.