Após os discursos dos chefes de Estado e governo no segmento de alto nível, a atenção agora está voltada para as negociações diplomáticas, que se tornam o centro das atenções para Sultan al-Jaber, presidente da COP28. Sua missão é consultar as posições dos países e apresentar propostas de texto até o dia 6, marcando o final da primeira semana de negociações.
A segunda semana da conferência é tradicionalmente dedicada às questões que não foram resolvidas anteriormente, exigindo um mandato mais político do que técnico para a negociação. As delegações passam dos diplomatas para os ministros do Meio Ambiente, como no caso do Brasil, onde a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assume o cargo de negociador-chefe.
O início da COP28 foi marcado pela presença do presidente Lula e mais de cem líderes, conferindo mandato aos negociadores para defender suas posições nos dias seguintes. Esse formato foi estabelecido na COP21, em 2015, após os erros políticos que levaram ao resultado amargo da COP15 do Clima, em 2009.
Os franceses, anfitriões da COP21, estudaram os erros que levaram ao fracasso na COP15 e decidiram inverter a lógica, trazendo os chefes de Estado e governo para abrir a conferência e depois deixar o trabalho de negociação nas mãos dos diplomatas e ministros.
Essa inversão de lógica funcionou, estabelecendo uma nova tradição na série de conferências sobre mudanças climáticas. Agora, a segunda semana da COP28 será crucial para definir os rumos das negociações e as futuras metas de cada país para combater as mudanças climáticas.
A repórter Ana Carolina Amaral viajou a convite de Avaaz, Instituto Arapyaú e Internews para cobrir o evento e trazer as últimas novidades sobre as negociações em andamento. A expectativa é grande para que a COP28 seja capaz de estabelecer diretrizes claras para a continuidade do combate ao aquecimento global.
