Apesar do registro de novos abalos sísmicos na região, a velocidade de afundamento tem se mantido estável, com índices de 0,7 centímetros por hora desde o sábado. A Defesa Civil permanece em alerta máximo e orienta a população a evitar a circulação na área desocupada.
A mineradora tem monitorado a situação e alerta que a acomodação do solo pode se desenvolver de duas maneiras: gradualmente até a estabilização ou de forma abrupta. As imagens revelam que a área seca vem sendo ocupada pela água da lagoa Mundaú, e novos tremores de terra foram registrados, com magnitude de 0,89 no último sábado, ocorrendo a 300 metros de profundidade. O evento foi mais intenso do que o tremor de magnitude 0,39 registrado na noite de sexta-feira (1°).
O alerta para o risco iminente de colapso da mina foi emitido pela Defesa Civil de Maceió na última quarta-feira (29), resultando na realocação de 23 imóveis que estavam dentro das áreas de risco por determinação judicial. A população das regiões afetadas foi orientada a deixar o local e procurar abrigo, e a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.
Esse histórico de danos na região teve início em 2018, quando um tremor de terra fez ceder trechos de asfalto, causou rachaduras e afetou aproximadamente 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.
O problema foi associado às atividades de mineração da empresa Braskem em uma área de falha geológica, conforme apontado pelo Serviço Geológico do Brasil (antigo CPRM) em 2019. Desde então, mais de 60 mil famílias foram realocadas, e 35 minas na região de Mutange e Bebedouro foram fechadas. Essa situação de instabilidade requer atenção e medidas preventivas para evitar que novos danos ocorram na região.
