A situação de risco iminente tem ligação com o afundamento do solo que atinge cinco bairros da capital de Alagoas. O problema teve início em março de 2018, e desde então, não foi solucionado. O Serviço Geológico do Brasil concluiu que as atividades de mineração da empresa em uma área de falha geológica causaram o problema. Mais de 60 mil famílias dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da cidade.
A Braskem, por sua vez, tem monitorado a área e afirmou que a acomodação do solo segue concentrada na área da mina em questão, podendo se desenvolver de maneira gradual até a estabilização, ou de forma abrupta. A empresa indicou que a área afetada está desabitada desde 2020 e que houve a realocação dos moradores de 23 imóveis localizados na área de risco.
O histórico da situação remonta aos anos 1970, quando o governo estadual autorizou a extração de sal-gema em Maceió. A atividade, que teve início em 1975, era realizada na região onde a Braskem detém suas minas. Em 2018, após mais de 40 anos de extração na região, um tremor de terra foi sentido, seguido por rachaduras em casas, afundamentos de solo e crateras. Após investigação, foi concluído que as atividades de mineração da Braskem causaram o problema.
No ano seguinte, o Serviço Geológico do Brasil confirmou que as atividades de mineração da empresa em uma área de falha geológica foram responsáveis pelo problema, o que resultou na evacuação da área e no fechamento de 35 minas nas regiões afetadas. Na última quarta-feira (29), a Defesa Civil emitiu um alerta afirmando que a mina de número 18 da Braskem está em risco iminente de colapso, orientando a população a deixar o local e a prefeitura a decretar estado de emergência por 180 dias. Este é um caso que merece atenção e acompanhamento pelas autoridades competentes e pelas empresas envolvidas neste problema.