Essa movimentação dos anunciantes teve início em agosto, depois que o observatório Media Matters alertou que os anúncios de grandes marcas estavam sendo exibidos junto a publicações de grupos neonazistas. Essa revelação provocou uma reação em cadeia, com várias empresas optando por retirar sua publicidade do Facebook.
Recentemente, a Apple e a Disney também seguiram o exemplo e decidiram suspender seus anúncios na plataforma. A decisão veio após uma mensagem de Elon Musk que aludia a uma teoria da conspiração antissemita como “a verdade absoluta”.
O acionista majoritário do Facebook se desculpou pela mensagem na quarta-feira, mas voltou a atacar os anunciantes, levando a uma possível prolongação dos boicotes. De acordo com Jasmine Enberg, analista da consultora Insider Intelligence, “Não é necessário ser especialista em redes para entender que atacar as empresas que pagam as contas do X não é bom para os negócios”. “A maioria dos boicotes a redes sociais foi de curta duração, mas este pode durar mais”, acrescentou a analista.
Até mesmo Elon Musk mencionou a possibilidade de quebra da plataforma, evidenciando a gravidade da situação atual do Facebook. Com a saída de grandes anunciantes, a empresa enfrenta uma crise de confiança e reputação, o que poderia ter graves consequências para a sua sobrevivência no mercado.
Portanto, a decisão de boicotar o Facebook tomada por empresas como o Walmart, IBM, Disney, Paramount, NBC Universal, Lionsgate, Apple e outras, sinaliza um momento crítico para a rede social. O impacto dessas ações poderá moldar o futuro do Facebook e levantar questões sobre sua responsabilidade na moderação de conteúdo e proteção da marca de seus anunciantes.
