Em uma apresentação sobre o plano, o governo ressaltou a urgência de recursos financeiros em larga escala para a proteção das florestas tropicais, sua biodiversidade e as comunidades que dependem desses ecossistemas. A proposta do novo fundo visa a simplificação do monitoramento e o pagamento pela manutenção das florestas no tamanho em que se encontram atualmente.
Para o governo brasileiro, é crucial avançar em uma proposta que possibilite a remuneração pela manutenção e restauração das florestas tropicais, com a garantia de um fluxo financeiro constante para os países por um longo prazo. Além disso, a proposta apresenta a vantagem da aplicação imediata, trazendo consigo um desincentivo ao desmatamento.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foram encarregados de apresentar o texto em construção, que ainda está em processo de formatação final. O governo brasileiro espera que outros países possam contribuir para a elaboração do fundo, para que esta se torne uma iniciativa formal.
De acordo com o embaixador André Corrêa do Lago, negociador brasileiro na COP, a proposta será aperfeiçoada com a colaboração dos países detentores de florestas tropicais. Ele ressaltou a importância do engajamento de todas as partes interessadas para que a proposta se transforme em uma iniciativa formal e eficaz.
O programa “Florestas Tropicais para Sempre” representa um avanço significativo na busca por soluções financeiras para a proteção das florestas tropicais, garantindo a sua preservação e contribuindo para a luta contra o desmatamento. A iniciativa brasileira demonstra a preocupação do país com a conservação ambiental e a busca por alternativas viáveis para enfrentar os desafios ambientais globais.
