A tecnologia do ChatGPT, que completou um ano de existência, atraiu um número recorde de 100 milhões de usuários mensais em apenas 60 dias, superando a marca anterior do TikTok. Esses números catapultaram a startup para uma avaliação de mercado de cerca de US$ 90 bilhões no final de 2022, de acordo com a agência Bloomberg.
Com o aumento da demanda pelo ChatGPT, a OpenAI precisou correr atrás de mais poder computacional, recorrendo aos supercomputadores Azure da Microsoft e unidades de processamento gráficos da Nvidia. A Microsoft investiu US$ 10 bilhões na startup, direcionando boa parte desses recursos para a compra de computadores da própria empresa, o que possibilitou a eliminação da fila de usuários do ChatGPT.
A versão gratuita do ChatGPT sofreu poucas mudanças, incluindo uma atualização do conhecimento do bot para fatos de até janeiro de 2022. Já a versão paga ganhou diversas funcionalidades exclusivas, como uma inteligência artificial mais potente, melhor em matemática, recursos de compreensão de áudio e imagem, e a possibilidade de criar versões customizadas do ChatGPT.
Apesar do sucesso e crescimento do ChatGPT, a OpenAI enfrenta críticas relacionadas ao desenvolvimento de inteligência artificial. As críticas vão desde o tratamento excessivo de quantidades de dados até a terceirização de serviços na África e o risco representado ao mercado de trabalho.
A startup também foi acusada de desrespeitar direitos autorais de artistas, estúdios de cinema, selos musicais e jornais. O ex-CEO Sam Altman, em 2021, previu que a inteligência artificial geral transformaria a economia por completo.
Apesar dos obstáculos, o ChatGPT manteve-se como um ator de destaque no mercado, mesmo diante de concorrentes como Google, Meta e Amazon, que lançaram modelos de linguagem concorrentes. A OpenAI continua a enfrentar desafios, mas se mantém como uma das principais empresas no desenvolvimento de inteligência artificial.