Combate ao casamento infantil no Maláui apresenta progresso, mas desafios persistem.

Oferecer para meninas a oportunidade de escolher o próprio caminho é essencial para lutar contra o casamento infantil. Estima-se que uma em cada cinco meninas em todo o mundo se case antes dos 18 anos. Mesmo os países que possuem leis contra o casamento infantil por vezes não conseguem aplicá-las.

No entanto, no Maláui, no sudeste da África, os primeiros sinais de mudança vêm sendo identificados. O casamento de Tamara foi arranjado por sua avó, que recebeu dinheiro de um homem que ela nunca havia conhecido. A menina foi vendida para esse homem por 15.000 kwachas malauianos – cerca de R$ 43. Isso apesar do fato de o casamento infantil ser ilegal no país desde 2017. Infelizmente, essa prática é culturalmente aceita e ainda acontece em comunidades rurais no Maláui, onde cerca de 85% da população vive.

Tamara deu à luz um menino saudável. Uma pequena ONG do Maláui com sede na cidade de Blantyre, chamada People Serving Girls At Risk, pagou um homem com uma bicicleta para levá-la à clínica de saúde local quando ela entrou em trabalho de parto. Eles também estão em contato regularmente com ela e sua tia. Felizmente, o parto de Tamara foi simples. As complicações da gravidez e do parto são a principal causa de morte em mulheres jovens e adolescentes, segundo a OMS, por isso havia grande preocupação.

Após uma longa pausa, o chefe local, Benson Kwelani, diz que incentiva as meninas a permanecerem na escola e não dá sua bênção para um casamento se a menina tiver menos de 18 anos. Mesmo instituições como o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) estão envolvidas na iniciativa de combater o casamento infantil, mais de 100 dos chefes tradicionais do Maláui prometeram combater o casamento tradicional em suas comunidades, embora ainda existam desafios.

A ex-primeira-dama Michelle Obama, a advogada de direitos humanos Amal Clooney e a filantropa Melinda French Gates, estiveram recentemente no Maláui agregando esforços para encorajar o fim do casamento infantil. A influência das líderes locais parece estar mudando, mas ainda é um desafio sem respostas claras.

Em resumo, a mudança para acabar com o casamento infantil ainda é um desafio, mas pessoas e organizações em todo o mundo estão buscando soluções eficazes. A necessidade de empoderar as meninas e fornecer oportunidades para que elas escolham seu próprio caminho é crucial para acabar com essa prática prejudicial.

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