A greve não afetou as linhas privatizadas do metrô (4-amarela e 5-lilás) e de trens metropolitanos (8-diamante e 9-esmeralda). No entanto, as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha operavam parcialmente no início da manhã, enquanto a linha 15-prata estava parada.
Vanderleia Pereira, de 51 anos, que normalmente usa o metrô para chegar ao trabalho em um cartório na praça da Sé, no centro de São Paulo, expressou sua opinião em relação à privatização dos serviços de transporte. Ela afirmou que a privatização não é a solução, citando a experiência negativa com o apagão da Enel, durante o qual ficou 24 horas sem energia elétrica. Vanderleia argumentou que reduções de equipes de atendimento resultaram em prejuízos para a população.
Outro passageiro, Tiago Silva, de 31 anos, destacou que o debate sobre a privatização vai além dos serviços de transporte, apontando a falta de estrutura de emprego na zona leste como um fator que obriga muitos trabalhadores a atravessar a cidade para ir ao trabalho.
José Roberto Santos, auxiliar de logística, expressou sua frustração diante da paralisação, afirmando que não tinha como chegar ao trabalho e manifestando apoio à privatização dos serviços de transporte para evitar situações como a que estava enfrentando.
No entanto, outros passageiros, como o pedreiro Genivaldo Ribeiro, expressaram opiniões contrárias à privatização, afirmando que a medida não traria benefícios para a população.
Alguns passageiros, como Reginete de Lima e Graziela Souza, cancelaram compromissos devido à greve, enquanto outros, como Carlos Augusto, enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho devido à redução da oferta de transporte público.
A divergência de opiniões entre os passageiros reflete a complexidade e as diferentes visões em relação à privatização do sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo, evidenciando a necessidade de um debate amplo e abrangente sobre o assunto.