As pessoas que visitaram suas casas, ou o que resta delas, se depararam com muitos danos e tentaram recuperar o que fosse possível. A trégua também permitiu a entrada de mais suprimentos no território palestino, aliviando parcialmente a situação de crise.
Desde o início dos combates, mais de 14,5 mil pessoas foram mortas em Gaza, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. A trégua, mediada pelo Qatar, prevê a libertação de parte dos reféns capturados pelo Hamas e de 150 palestinos em prisões israelenses.
No primeiro dia da trégua, cerca de 150 caminhões transportaram suprimentos do Egito para a Faixa de Gaza. No entanto, a ONU afirma que ainda é necessária mais ajuda para atender às necessidades da população. Além disso, as comunicações estão em grande parte reduzidas em Gaza, dificultando a coordenação da ajuda humanitária.
As imagens que chegam da Faixa de Gaza mostram longas filas para combustível e outros suprimentos em Rafah, no sul do território, enquanto a entrada de ajuda está sendo realizada de forma lenta e restrita pelos militares israelenses. A situação é descrita como “absolutamente terrível” pela porta-voz da Unwra, agência das Nações Unidas para refugiados palestinos, Juliette Touma. A organização destaca a necessidade urgente de itens básicos de higiene, equipamentos médicos, combustível e alimentos para a população deslocada.
Embora a trégua tenha trazido um alívio temporário nos combates, muitos moradores se deparam com uma situação de devastação em suas casas destruídas, buscando recuperar o que restou e lidando com a perda de entes queridos. A situação humanitária na Faixa de Gaza continua crítica, exigindo um esforço conjunto para atender às necessidades da população afetada pelo conflito.