Segundo o engenheiro Maurício Loss, diretor-geral do Dmae (Departamento de Água e Esgotos) da Prefeitura de Porto Alegre, a comporta danificada está fechada e inutilizada há muitos anos, sendo de difícil acesso. Por conta disso, a contenção prévia com sacos de areia não foi possível, resultando no deslocamento de uma das partes da comporta devido à força da água.
O vazamento da água do lago Guaíba afetou trilhos dos trens da Trensurb e alagou uma parte da avenida Sertório. Para tentar solucionar o problema, Loss afirmou que será feito um dique de contenção para a comporta, soterrando-a e, posteriormente, tentando soldá-la. As estações Mercado, Rodoviária e São Pedro da Trensurb permaneceram fechadas nesta terça-feira.
A Defesa Civil de Porto Alegre informou que atua nas regiões ribeirinhas desde o último domingo (19), com remoções de moradores iniciadas na noite do mesmo dia. No total, 107 pessoas já foram retiradas de suas residências e levadas para abrigos ou para casas de parentes e amigos. A alta do nível do Guaíba levou à abertura das comportas pela Prefeitura de Porto Alegre na manhã de segunda-feira.
As fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o dia 15, resultaram em 63 feridos, 2.653 desabrigados e 7.527 desalojados, além de quatro mortes, nas cidades de Giruá, Gramado e Vila Flores. A marca de 3,30 metros, atingida no final da tarde de segunda-feira, já representa a maior cheia desde 1941, superando marcas de setembro último e de setembro de 1967. No final da manhã desta terça, o nível do Guaíba estava em 3,43 metros, continuando a preocupar as autoridades locais.