Frente fria em São Paulo mobiliza esforços para minimizar impactos de tempestade e ventos fortes neste fim de semana.

A previsão de uma tempestade com rajadas de vento para este fim de semana em São Paulo mobilizou autoridades municipais e estaduais em uma força-tarefa para minimizar os impactos do mau tempo, que chega após uma semana de calor recorde na região. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) dedicou a tarde desta sexta-feira (17) para realizar reuniões com secretários, integrantes da Defesa Civil e prefeitos da região metropolitana com o intuito de discutir medidas para evitar um novo apagão semelhante ao ocorrido no último dia 3.

Nesse incidente, 4,2 milhões de domicílios ficaram sem energia após uma forte chuva com rajadas de vento atingir a região. Como parte das ações de prevenção, foi anunciada a criação de um gabinete que conta com a participação da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo) e representantes de distribuidoras de energia. A recomendação da Defesa Civil para os prefeitos é de que eventos ao ar livre sejam evitados, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), decidiu cancelar os eventos nesse formato a partir das 16h do sábado (18), resultando no cancelamento de pelo menos 55 programações.

Além disso, a Enel anunciou o reforço nas equipes técnicas e a criação de um canal via SMS para informar sobre rajadas de vento, bem como a ocorrência de falta de energia. O alerta da Defesa Civil para a chegada da frente fria abrange a tarde desta sexta-feira (17) até domingo (19) e alerta para rajadas de vento com possíveis velocidades entre 60 km/h e 80 km/h, podendo atingir até 100 km/h durante as chuvas, com potencial para quedas de árvores.

As quedas de árvores foram apontadas como uma das principais causas do apagão que durou até três dias em partes da região metropolitana no início do mês. Em resposta, a prefeitura informou que equipes irão vistoriar e fazer podas necessárias para reduzir o número de ocorrências causadas por árvores. Um embate político também está em curso, envolvendo o prefeito Ricardo Nunes e a concessionária Enel, culminando no pedido de cancelamento do contrato de concessão da Enel e em acusações contra a empresa sobre a demora para remover árvores caídas.

É importante ressaltar que a gestão de Nunes possui uma fila de 13,5 mil pedidos de podas pendentes na cidade e que a licitação de quase R$ 1,1 bilhão para contratar o serviço foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Município devido a inconsistências. Em meio ao cenário de alerta, fica evidente a necessidade de ações imediatas e efetivas para minimizar os impactos da tempestade, tanto na prevenção dos riscos quanto na gestão dos recursos municipais e na contratação de serviços essenciais para a população.

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