A ativista de 20 anos, conhecida mundialmente por sua luta em defesa do meio ambiente, chegou ao tribunal aparentando tranquilidade, ao lado dos demais acusados. Acompanhada por ativistas do Greenpeace e da Fossil Free London, organizações que convocaram o protesto, Thunberg e os outros réus foram recebidos com cartazes exibindo a frase “Faça os poluidores pagarem”.
Durante a audiência, a ativista falou apenas para confirmar sua identidade e se declarar inocente, assim como os outros quatro acusados presentes. O grupo foi liberado e aguardará um julgamento de dois dias em Londres, agendado para começar em 1º de fevereiro.
A manifestação que resultou nas detenções de Thunberg e dos demais manifestantes ocorreu diante do Energy Intelligence Forum, uma conferência que reuniu as principais empresas de petróleo e gás em um hotel de luxo em Londres. No dia seguinte à sua detenção, Greta participou de um novo protesto no mesmo local, com um número ainda maior de pessoas.
Os manifestantes criticaram o projeto do governo britânico para a reserva de petróleo de Rosebank, no mar do Norte, em meio a anúncios de concessão de novas licenças de exploração de petróleo e gás para o país, visando a independência energética. Essas medidas foram duramente criticadas por organizações ambientalistas, que intensificaram suas ações e apresentaram recursos legais contra o governo conservador.
As ações do governo para reprimir as atividades dos ambientalistas tem provocado indignação e gerado um ambiente de tensão entre o governo britânico e os defensores do meio ambiente. Com a intensa cobertura midiática sobre o caso e a notoriedade de Greta Thunberg, o julgamento que se aproxima certamente será acompanhado de perto por diversas partes interessadas.