Um artigo publicado em um renomado jornal trouxe à tona a discussão sobre a transformação da arte ao longo dos anos. O texto cita obras clássicas da literatura, como “Crime e Castigo”, de Dostoiévski, “Laranja Mecânica”, de Anthony Burgess, e “Madame Bovary”, de Gustave Flaubert, destacando como essas obras apresentam personagens moralmente condenáveis, narrando a dualidade da natureza humana e expondo as falhas e contradições da sociedade.
A matéria ressalta que, no passado, a arte era um reflexo da realidade complexa e contraditória, mostrando as nuances da natureza humana. No entanto, a visão atual da arte tem se transformado em um exercício de lacração, com obras que buscam reforçar estereótipos e reforçar certezas em vez de desafiar o público a questionar suas convicções.
Segundo o autor, a literatura, o cinema e o teatro vêm se transformando em um exercício de lacração, onde o vilão está sempre do lado oposto ao protagonista, reforçando estereótipos e verdades absolutas. O texto destaca a necessidade da arte em fazer perguntas e provocar reflexões, em vez de reforçar certezas e moralismos.
Além disso, a matéria pontua que a arte contemporânea tem sido marcada por uma abordagem politicamente correta, criando obras que buscam representar a diversidade, mas que acabam por ser tediosas e ineficazes em transmitir a complexidade da realidade humana. O autor destaca a importância da arte em desnudar a natureza humana, com todos os seus defeitos e contradições, ao invés de se conformar a narrativas preestabelecidas.
Por fim, o texto ressalta que a arte deve ter um papel ativo na luta por um mundo mais justo, mas que essa missão não deve se limitar a criar contos da carochinha politicamente corretos. A arte precisa, acima de tudo, falar a verdade e provocar questionamentos, mesmo que isso signifique desafiar as convenções e incitar reflexões incômodas. Afinal, como disse Tchekhov, o papel do artista é fazer perguntas, não encontrar as respostas.