Em Portugal, um estudo da Organização Internacional do Trabalho revelou que os estrangeiros ganham, em média, 9% menos que os trabalhadores não migrantes. E é importante ressaltar que os imigrantes estão entre os maiores contribuintes para a Segurança Social no país. Contudo, a precária situação desses trabalhadores, marcada pelos baixos salários, desemprego e emprego sem direitos, permanece, expondo muitos imigrantes às redes de tráfico e à escravidão.
Neste contexto, é essencial uma política que combata as injustiças e valorize as diversas identidades culturais, e é necessário garantir os direitos dos imigrantes, incluindo educação, saúde e segurança social. A questão sobre o visto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) também se torna relevante, visto que não atende às exigências de livre circulação no espaço Schengen.
Por fim, a ONU ainda é capaz de evitar um conflito de ordem mundial? Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o fortalecimento da extrema direita no mundo, e a ascensão da China como nova superpotência econômica, a situação internacional traz novos paradigmas sobre democracia e altera os horizontes de modo a convergirem de forma internacionalista. Deve-se considerar uma Europa de efetiva cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, de progresso social e de paz, ao contrário de uma UE neoliberal, federalista e militarista. Portanto, é fundamental que Portugal desenvolva uma política externa diversificada, pautada na paz, na amizade e na cooperação com todos os povos.