A deputada ressaltou que o diagnóstico para autismo de grau 1 é caro e requer acesso a médicos altamente especializados, que não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela enfatizou a importância de tornar o diagnóstico e tratamento do autismo um direito, ao invés de um privilégio.
Werner destacou também a influência genética do transtorno do espectro autista (TEA), sugerindo que cada vez mais pais e mães de crianças com autismo podem se descobrir dentro do espectro, como no seu caso.
Além disso, a deputada lamentou as reações sociais e discriminações enfrentadas por pessoas com deficiência, inclusive no ambiente da saúde. Jairo Marques, editor de Vida Pública da Folha, relatou suas próprias experiências, onde sentiu que sua deficiência era mais evidenciada do que suas queixas de saúde ao frequentar consultas médicas.
A psiquiatra Graccielle Rodrigues e a assistente social Renata Souza também abordaram os desafios e preconceitos enfrentados por pacientes com transtornos mentais e portadores do HIV. Elas ressaltaram a falta de diversidade na área médica como um fator contribuinte para a manutenção desses preconceitos.
A enfermeira oncologista Giseli de Carvalho defendeu a importância do desenvolvimento de habilidades socioemocionais por parte de todos os profissionais da área de saúde, incluindo o pessoal de apoio.
Os participantes do seminário também discutiram a necessidade da criação de conselhos que incluam a população para discutir as necessidades locais e expandir a representatividade dentro das instituições de saúde.
No geral, o seminário evidenciou a necessidade de mais acessibilidade e inclusão no sistema de saúde brasileiro, contornando os desafios relacionados ao diagnóstico e tratamento de transtornos, e promovendo a diversidade e representatividade em todas as áreas da saúde.