Governo de Santa Catarina determina recolhimento de nove livros de escolas públicas, incluindo tramas de terror e romance.

O governo de Santa Catarina causou polêmica ao determinar a retirada de nove livros de escolas públicas do estado. O comunicado assinado pelo supervisor de educação, Waldemar Ronssem Júnior, e pela integradora regional de educação, Anelise dos Santos de Medeiros, solicitou o recolhimento das obras, sem dar uma justificativa para a medida. A lista dos livros proibidos gerou indignação nas redes sociais e uma nota oficial da secretaria de estado, que alega que a medida busca redistribuir títulos das escolas.

Entre os livros proibidos estão obras de gêneros diversos, desde obras de terror até de romance, abordando temas que vão desde questões sociais como bullying e sexualidade até questões sobrenaturais e demoníacas. Entre os títulos proibidos estão “A Química Entre Nós”, que explora o amor de um ponto de vista científico, “Coração Satânico”, um clássico noir que mistura magia e dívida mitológica, e “Donnie Darko”, que apresenta o roteiro do filme dirigido pelo autor Richard Kelly.

Além disso, “Ed e Lorraine Warren: Demonologistas – Arquivos Sobrenaturais” e “Exorcismo” também fazem parte da lista de livros proibidos, abordando temas sobre investigações paranormais e casos de possessões demoníacas. O livro “It: A Coisa”, famoso romance de Stephen King, que acompanha a jornada de um grupo de amigos enfrentando uma entidade sobrenatural disfarçada de palhaço, também está na lista.

Outros livros proibidos incluem obras clássicas como “Laranja Mecânica” de Anthony Burgess, que é uma sátira passada em uma distopia, e “Os 13 Porquês” de Jay Ascher, que conta a história de um jovem que encontra um pacote de fitas cassetes gravadas por uma colega de classe que morreu por suicídio.

A proibição de livros causou revolta entre os defensores da liberdade de expressão e da diversidade de temas nas escolas. A medida gerou debates intensos sobre censura e restrição de acesso à informação, levando alguns a questionar as razões por trás da retirada dessas obras. A sociedade civil e grupos educacionais manifestaram repúdio à ação do governo estadual, defendendo a importância da liberdade de leitura e do acesso a diferentes perspectivas e conhecimentos.

É importante ressaltar que a decisão do governo de Santa Catarina reforça a necessidade de debates e reflexões sobre a liberdade de expressão e a diversidade de pensamento, especialmente no contexto educacional, onde a formação e o desenvolvimento dos estudantes dependem da exposição a uma variedade de ideias e conhecimentos. A discussão sobre os livros proibidos continua e a sociedade aguarda posicionamentos das autoridades e demais envolvidos no caso.

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