No entanto, é importante ressaltar que o uso de armas nucleares em conflitos armados é uma questão delicada e de extrema complexidade. Desde as explosões de Hiroshima e Nagasaki em 1945, a possibilidade de utilização de artefatos nucleares tem sido objeto de debate tanto entre militares quanto entre a população civil. Durante o período de 1950 a 1968, diversos presidentes americanos recusaram solicitações para o uso de armas nucleares em conflitos na Coreia, China e Vietnã.
No caso de Israel, a história de seu envolvimento com armas nucleares remonta à época de sua fundação. Sionistas como David Ben-Gurion começaram a tratar dessa questão logo após a explosão de Hiroshima, perseguindo a opção nuclear como parte da estratégia de segurança do país. Anos mais tarde, Israel estabeleceu uma cooperação com a França para a construção de um reator nuclear no deserto do Neguev.
Apesar de Israel nunca ter confirmado publicamente a posse de armas nucleares, especula-se que o país possua entre 60 e 400 artefatos nucleares. A declaração de Eliyahu, apesar de controversa, levanta a discussão sobre o uso dessas armas em um possível conflito envolvendo o Irã. Essa possibilidade apresenta um risco muito maior do que as operações contra o grupo Hamas na Faixa de Gaza.
Portanto, a declaração do ministro Amichai Eliyahu desencadeou um debate sobre a realidade da guerra no Oriente Médio. Apesar das controvérsias, é essencial que a comunidade internacional continue a monitorar de perto a situação na região para evitar o uso de armas nucleares e evitar uma escalada ainda maior dos conflitos.