Massa defende sistema público de saúde gratuito e critica privatizações em discurso de campanha presidencial

No último discurso antes do segundo turno das eleições presidenciais argentinas, o candidato peronista Sergio Massa fez críticas à privatização de serviços públicos e defendeu a gratuidade do sistema de saúde. Segundo Massa, em um país onde se busca privatizar diversos setores, é importante que a saúde seja acessível a todos, para que possam viver e receber cuidados adequados.

Massa também abordou outros temas polêmicos, como a privatização dos trens, a água e os esgotos, além da pavimentação das ruas. No entanto, ele ressaltou que o assunto mais preocupante é a possível entrega das Malvinas, ilhas que estão e sempre estarão sob o controle da Argentina, segundo ele.

Outro ponto enfatizado pelo candidato foi o sistema de previdência. Ele criticou as Administradoras de Fundos de Aposentadoria e Pensões (AFJP), afirmando que conheceu a situação de alguns dos 20 mil aposentados que ainda permanecem no país. Segundo Massa, esses aposentados recebem benefícios limitados, que variam de 5 mil a 20 mil pesos. Ele deixou claro que não deseja que a AFJP retorne à Argentina e defendeu a melhoria das pensões e a proteção dos aposentados.

Massa ressaltou a importância do segundo turno das eleições, que acontecerá em 19 de novembro, afirmando que muitas questões importantes serão definidas nesse dia. Entre elas, mencionou o direito dos trabalhadores a férias remuneradas, indenizações e acordos coletivos de trabalho.

Em seu encerramento, o candidato expressou seu desejo de ver a Argentina como uma pátria e uma nação forte, com sua própria moeda, soberania sobre as Malvinas e símbolos patrióticos como o hino nacional e a bandeira.

O discurso de Massa reflete a polarização política que toma conta do país antes do segundo turno das eleições. Enquanto ele defende uma posição mais nacionalista e favorável à intervenção do Estado, seu oponente adota uma abordagem mais liberal e favorável às privatizações. A decisão final, que será tomada pelos eleitores no próximo domingo, terá um impacto significativo nas políticas futuras do país.

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