No cemitério da Vila Formosa, considerado a maior necrópole da América Latina, os problemas antigos chamaram a atenção dos visitantes. A falta de limpeza e o mato alto nas áreas comuns foram as principais queixas sobre a gestão da Consolare, empresa que assumiu o cuidado da unidade em março. Algumas pessoas tiveram dificuldade para encontrar os túmulos de seus entes queridos devido à vegetação alta.
No entanto, alguns visitantes notaram uma melhora na limpeza em relação ao passado, embora ainda considerem que há muito a ser melhorado. Alguns pontos do cemitério ainda tinham pedras e galhos empilhados, mas as ruas e os acessos aos túmulos não estavam obstruídos.
No cemitério da Consolação, localizado na região central de São Paulo, os funcionários da concessionária Consolare se agruparam no corredor central e abordaram os visitantes com formulários para cadastro das famílias e folders apresentando o trabalho da empresa. Essa abordagem incomum surpreendeu as pessoas que frequentam o cemitério todos os anos. Outra diferença notada foi a limpeza mais cuidadosa e a ausência dos jovens que oferecem serviços informais de jardinagem e zeladoria dos túmulos.
É importante ressaltar que, mesmo com a mudança de administração, a responsabilidade pela conservação dos jazigos é das famílias, de acordo com um decreto municipal de 2020. A Consolare afirma que já contratou 32 novos colaboradores para a limpeza e que já investiu R$ 17 milhões nos cemitérios que administra.
Além disso, os cemitérios foram palco de diversas atividades para celebrar o Dia de Finados. Na capela do cemitério da Consolação, foram realizadas missas de hora em hora durante a manhã. No cemitério do Araçá, os visitantes foram recepcionados por músicos e presenciaram um helicóptero jogar pétalas de rosas sobre o local.
No geral, a percepção dos visitantes foi mista, com alguns elogiando a melhora na limpeza e no cuidado com os cemitérios, e outros ainda apontando problemas como sujeira e vegetação alta.