Até o momento, oito armas foram encontradas no Rio de Janeiro e nove em São Paulo. Além das metralhadoras do Exército, também foi apreendido um fuzil calibre 7,62 mm cuja origem está sendo investigada.
O Comando Militar do Sudeste informou que os detalhes da operação serão divulgados em um pronunciamento nesta quarta-feira, às 14h. Em nota oficial, o Exército classificou o episódio como inaceitável e garantiu que continuará envidando todos os esforços necessários para a recuperação de todo o armamento e responsabilização dos envolvidos.
Até o momento, a Justiça Militar já recebeu um pedido de prisão preventiva de seis militares suspeitos de envolvimento com o furto. No âmbito administrativo, outros 19 militares foram punidos com prisão disciplinar de até 20 dias por omissão ou negligência no trabalho de fiscalizar e controlar as armas.
A investigação do caso indica que o furto provavelmente aconteceu no feriado de 7 de Setembro, quando o quartel estava muito movimentado devido ao desfile do Dia da Independência. O desaparecimento das armas só foi percebido no dia 10 de outubro, e o Inquérito Policial Militar (IPM) foi iniciado no dia seguinte. O prazo para conclusão do IPM é de 40 dias, prorrogáveis por mais 20.
A principal linha de investigação aponta que os suspeitos tinham conhecimento detalhado do funcionamento do setor onde as armas estavam guardadas, o que permitiu o planejamento minucioso do furto. Os criminosos desligaram o quadro de energia do setor, o que desativou o alarme e as câmeras de segurança. Acredita-se que foi nesse momento que as armas foram furtadas. Após o furto, a energia foi religada.
Um dos suspeitos é um cabo que trabalhava como motorista do diretor do quartel. O militar teria utilizado o carro oficial do Exército para transportar as metralhadoras. Além disso, a perícia identificou impressões digitais de militares não autorizados na área restrita, o que reforçou o pedido de prisão preventiva feito pelo Exército.
As autoridades esperam que a quebra de sigilo dos suspeitos revele troca de mensagens e depósitos bancários que possam esclarecer o planejamento e a receptação das armas. Uma das hipóteses é que os militares tenham sido aliciados por facções criminosas fora do quartel. A investigação continua em andamento.