De acordo com a investigação da Polícia Civil obtida pela Rede Amazônica, a decisão de matar Antônia foi tomada durante uma reunião na fazenda Caçada Real, onde Telmário Mota designou seu sobrinho para cometer o crime. Os investigadores descobriram que a moto usada pelos assassinos foi comprada por Ney. Segundo o relatório, o sobrinho entregou o veículo “para uma assessora do ex-senador levar até uma oficina e realizar alguns reparos/revisão. Em seguida, pediu para a assessora entregar a moto para os autores do crime em um local indicado”. A Polícia Civil afirma possuir um vídeo que mostra a ex-assessora entregando a moto aos assassinos um dia antes do crime.
Em relação às acusações de abuso sexual, no ano passado, a filha de Telmário denunciou o político por ter tocado em suas partes íntimas e tentado arrancar sua roupa em 14 de agosto, Dia dos Pais. A adolescente registrou um boletim de ocorrência contra o pai, e a Polícia Civil está investigando o caso. Telmário nega as acusações e alega ser vítima de perseguição política. A jovem contou com o apoio da mãe para fazer a denúncia.
Em 2016, o ex-senador foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal por agressão com base na Lei Maria da Penha. A denúncia foi feita por uma jovem de 19 anos, que afirmou ter sido agredida até desmaiar. O pedido de investigação foi feito pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O exame de corpo de delito confirmou a existência de lesões causadas pela agressão.
Telmário Mota ocupou o cargo de senador entre fevereiro de 2015 e janeiro de 2023. A renúncia do primeiro suplente de Telmário, Marcus Holanda, ocorreu após a denúncia de abuso sexual feita pela filha do ex-senador. A Polícia Civil de Roraima continua empenhada em capturar Telmário e esclarecer todos os detalhes desse caso que chocou o estado.