Ampla adesão de países à proposta, enquanto o Ocidente se abstém ou vota contra

No último dia 22 de dezembro, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou uma resolução condenando a transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. A proposta foi aprovada por uma larga margem de votos, com 128 países a favor, 9 contra e 35 abstenções.

Dentre os países que votaram a favor da resolução estão alguns da região do Oriente Médio, como Afeganistão, Armênia, Azerbaijão, Bahrain, Bangladesh, entre outros. Além disso, países africanos como Botswana, Lesoto e Zâmbia também se posicionaram a favor da condenação.

No entanto, chama a atenção o número de países do Ocidente que se abstiveram ou votaram contra a proposta. A maioria dos países da União Europeia, por exemplo, preferiu se abster, com apenas nove países votando a favor da resolução.

Entre os países que se abstiveram estão Alemanha, Bulgária, Dinamarca, Grécia, Itália, Países Baixos, Polônia e Suécia. Outros países europeus fora da UE, como Reino Unido e Ucrânia, também decidiram se abster.

Além disso, alguns países do Ocidente votaram diretamente contra a resolução. É o caso dos Estados Unidos e de Israel, que lideraram o bloco contrário à proposta. Além desses dois países, quatro Estados membros da União Europeia -Áustria, Croácia, Hungria e República Tcheca – também votaram contra.

Outros países que fazem parte do bloco contrário à resolução são Fiji, Guatemala, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Papua Nova Guiné, Paraguai e Tonga.

A transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém foi anunciada pelo presidente Donald Trump no início deste mês, gerando uma série de críticas e protestos por parte da comunidade internacional. Para muitos, o ato representa um obstáculo para a busca de uma solução negociada entre israelenses e palestinos para o conflito na região. A resolução aprovada pela ONU visa condenar essa ação unilateral e reafirmar a posição da comunidade internacional em relação ao status de Jerusalém.

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